A criança ouve seu pai gritar e brigar com ela por ter feito algo de errado,
como uma malcriação ou uma teimosia.
E seu pai, na desculpa de amar, se vê no direito de errar para corrigir o errado.
Ele perde a paciência e grita com a criança que inocente exigia algo que lhe faltava.
O que faltava para a criança era ver brilhar os olhos de seu pai.
A criança não sabe ser adulta.
E nesta hora, o pai na posição de educador, ensina-a como se comportar, da mesma forma que fora ensinado por seu pai quando criança.
E a criança olha para cima, com seus olhos brilhantes e imediatamente aceita o peso de ser adulto.
Ela não aceita por achar certo, e nem por fazê-la sentir bem... Ela aceita em troca de algum tipo estranho de amor.
Por esse 'amor' ela abandona 'os brilhos dos olhos', e até se esquece o que isso significa.
Só se lembra novamente, quando um dia, esta criança-adulto, na confusão de papéis, exige 'o brilho dos olhos' de seu filho na forma educada de um estranho 'amor'.
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